Essa parte será dedicado aos quadrinhos da Fawcett republicados pela Nostalgia Inc. ou Don Maris, que teve permissão da DC e Marvel para tal. Fotos de internet.
O Don Maris ficou com a republicação da Whiz Comics #2 e Wow Comics #1. Havia planos para outras edições, mas infelizmente ficou apenas nisso. Don Maris também publicou uma pequena coletânea de material Fawcett que fazia parte de seu acervo pessoal, intitulado "The Best Of Captain Marvel".
A edição de Whiz Comics #2 do Don Maris é considerado raro e não é barato. Ironicamente esta revista foi intencionado para ser acessível e de baixo custo para os colecionadores, mas hoje é vendida acima de 60 dólares.
A Whiz Comics #2 do Don Maris é igual em tamanho aos quadrinhos da Era de Ouro (ligeiramente maior que o formato americano), e as propagandas também são iguais a edição original, porém seu interior é todo em preto e branco. Essa edição se tornou rara porque muitos colecionadores a colocam na coleção pra substituir a original da Fawcett que vale uma fortuna, e é inacessível devido ao valor. É capa mole.
A Wow Comics #1 do Don Maris também é em preto em branco, a diferença é que não é tão rara e nem tão cara assim como a original da Fawcett e em relação a Whiz Comics. É capa mole.
O Don Maris também lançou um compilado de aventuras do Capitão Marvel com fotos de itens raros da Fawcett que ele possuía no "The Best Of Captain Marvel". Está edição também é toda em preto e branco. É capa cartão. Esta revista é até barata e fácil de achar.
Don Maris possuía uma coleção de respeito, com bastante material raro dos anos 30-60, como posters, brinquedos, revistas, além de outros. As coleções de Don Maris e Alan Light são independentes e tiveram permissão da DC e Marvel para serem publicadas. Os dois usaram suas próprias revistas para impressão, por isso possuem imperfeições nas mesmas.
Lá fora nem todo mundo gosta, muitos acham as revistas grosseiras e mal impressas (tipo bem amadora), porém tem aqueles que gostam e usam pra substituir as originais dos anos 40.
Para maiores informações sobre a Whiz Comics #1 leiam aqui:
É meu amigos, eu vos trago uma ótima notícia! A Gulliver em parceira com a Estrela e as lojas Americanas relançaram a coleção de Super heróis DC com 10 personagens (5 em cada pacote). Fotos do Facebook e acervo pessoal.
Estes são os mesmos bonecos lançados pela Gulliver no final dos anos 70. Quem tem mais de 40 anos sabe do que se trata. Eu chamava esses bonecos de "hominhos" assim como toda minha geração! A Gulliver, no passado, produziu em vinil e monocromáticos.
Os monocromáticos fizeram muito sucesso, principalmente porque eram baratos, e fácil de achar! Os de vinil eram mais caros por ser mais elaborado, pintado.
Agora vamos ao que interessa: o relançamento da Estrela e Gulliver em exclusivamente com as lojas Americanas!
Acervo pessoal conseguido pelo meu brother superamigo Roberto Crisant. Valeu!
Solapa com personagens DC.
Cartela mostrando os personagens. O único erro é a Batmoça ser chamada de Mulher-Gato. Superman aparece como Super-Homem.
Se você não conseguiu completar sua coleção ou teve vontade de ter e não teve, essa é sua chance! Corra atrás e prestigie o relançamento, afinal não é todo dia que isso acontece! Pra conseguir adquirir os packs, entre no site das lojas Americanas ou no aplicativo deles e digite "Bonecos DC Super Heroes com 5 Figuras 7cm - Estrela" na pesquisa. La terá as instruções de como prosseguir. Tome cuidado com scalpers!
Viva a Gulliver! Viva a Estrela! Viva as Lojas Americanas! Vida longa e próspera para as 3 empresas! Parabéns pela essa união, porque a união faz a força! Prestigie essa coleção!
O Capitão Marvel (como é sabido) foi licenciado pela DC em 1972 da Fawcett, e o personagem voltou com tudo. Em 1974, a Filmation produziu o seriado icônico Shazam!. O seriado é lembrado e cultuado até hoje pra quem tem mais de 50 anos, isso porque ele passou na Globo e no SBT (nos anos 70 e 80 respectivamente). O seriado teve 3 temporadas totalizando 28 episódios, cada episódio tinha cerca de 22 minutos. Cada episódio custou $70,000 mil dólares. Nos Estados Unidos o seriado foi ao ar pela CBS, passando entre Setembro de 1974 até Outubro de 1976. Inicialmente os produtores queriam Mark Harmon para interpretar o Capitão Marvel. Shazam! Foi a primeira tentativa da Filmation de fazer uma série live-action própria. Fotos de Internet.
O ator Michael Gray interpretava Billy Batson, enquanto o Capitão Marvel foi interpretado por dois atores: Jackson Bostwick e John Davey. O mentor do Billy era interpretado pelo saudoso Les Tremayne. Billy viajava pelos Estados Unidos resolvendo problemas e ajudando as pessoas. Michael Gray tinha 24 anos quando a série começou. A série não trouxe outros personagens importantes na mitologia do Capitão Marvel como Mary Marvel, Capitão Marvel Jr, o mago Shazam ou outro, porque tinha que pagar por uso (pois eram personagens licenciados). Por isso a serie só trazia o Capitão Marvel que era o foco.
Les Tremayne, Michael Gray e Jackson Bostwick.
Les Tremayne, Michael Gray e John Davey.
O Capitão Marvel (Jackson Bostwick na foto) voava com tecnologia simples.
A produção usava cabos e um carro com câmera.
Em algumas cenas o ator era colocado na frente de uma tela com cenário em movimento para simular vôo.
Curiosamente, o seriado misturava live-action com animação, acontece que os deuses que davam poder para o Billy eram animados no seriado, o raio que o transformava também. Cada episódio terminava com um conselho do Capitão Marvel, que foram todos filmados no mesmo dia em Franklin Canyon Reservoir no Bel-Air.
Billy Batson perante os anciãos que lhe concedem o poder. No seriado eles ajudavam e conversavam com Billy. Os anciãos substituíram o mago Shazam.
O Capitão Marvel aparecia sempre no final do episódio dando conselhos.
O seriado enfrentou problemas que acabaram afetando seu desempenho e com isso a audiência. Jackson Bostwick se feriu no olho durante as gravações (ele foi ao médico que o aconselhou descanso), mas a produção achou que ele queria aumento e ele acabou sendo substituído pelo John Davey no começo da 2° temporada. Foi rápido e sem muitas explicações.
Até hoje Jackson Bostwick confirma que se machucou e tem provas do ocorrido (gravadas com sua câmera na época), mas isso arranhou sua imagem. Conta-se que ele pediu apoio de Michael Gray para que o ajudasse, mas não teve resposta (eu não posso confirmar isso, mas é o que li na internet, então tem que tomar cuidado). Jackson processou a Filmation na época e ganhou, recebendo pela série, pelo seu contrato e residuais, sua gravação caseira com a lesão no olho direito o ajudou a ganhar o caso. Atualmente Michael Gray e John Davey aparecem em eventos juntos, o que parece indicar alguma mágoa passada ocorrida entre eles e Bostwick. Mas, os três aparecem em eventos populares sobre quadrinhos e cultura geek. Jackson Bostwick esta preparado um livro contando sua experiência como Capitão Marvel e os bastidores assim como o acidente ocorrido com ele.
John Davey, segundo se conta, não queria atuar como Capitão Marvel no início, mas aceitou quando seu filho ficou entusiasmado com a ideia do pai ser o herói.
O seriado também apresentou o primeiro crossover de super-heróis na TV: que foi o encontro do Capitão Marvel com Ísis, outro seriado da Filmation. Um marco pra época.
Ísis (Joanna Cameron) e o Capitão Marvel trabalhando juntos.
Ísis e o Capitão Marvel voando.
O encontro do Capitão Marvel com a Ísis também aconteceu na HQ, em Shazam! #25 de Setembro-Outubro de 1976.
O Capitão Marvel de Jackson Bostwick é o favorito da maioria dos saudosistas americanos (quando comparado ao John Davey). A música de abertura desse seriado também foi usado no desenho Shazam! de 1981 da Filmation.
O Capitão Marvel favorito dos fãs americanos dos anos 70 é o Jackson Bostwick (considerado mais carismático que John Davey).
A abertura do seriado de 1974.
O seriado apresentou o Mentor, que era mais ou menos uma mistura de tio Dudley e mago Shazam. Ele era um amigo idoso (como Dudley) que ajudava e dava conselhos ao Billy (como o mago nos quadrinhos). Outra inovação da série televisiva foi o Eternifone (Eterni-phone no original) usado para contactar os deuses anciões. A série fez tanto sucesso que a HQ do Capitão Marvel na época acabou ficando parecida com o seriado (a partir de Shazam! #26 de Novembro-Dezembro de 1976).
Les Tremayne era um amigo e conselheiro do Billy (uma mistura por assim dizer de Dudley e Shazam).
O Eternifone estava sempre com Billy Batson no furgão na série. O aparelho era usado para invocar os anciões.
Furgão usado por Mentor e Billy na série de TV.
Na HQ, o mago Shazam doa o equipamento Eternifone para Billy se contactar com os anciões.
Billy viajava num furgão semelhante ao do seriado.
Dudley deixou o bigode crescer e ficou parecido com o Mentor.
A série Shazam! foi um sucesso e até hoje é bastante cultuada nos Estados Unidos. Michael Gray fez uma participação especial no filme Shazam! Fúria dos Deuses de 2023. Michael Gray ficou tão marcado pelo papel de Billy Batson que teve dificuldades pra arrumar papéis.
Michael Gray foi homenageado em Shazam! Fúria dos Deuses onde fez uma participação especial.
Durante os anos 40, o Capitão Marvel era o maior rival do Superman, tanto em vendas quanto em popularidade, o que levou a National (DC na época) a processar a Fawcett por plágio e tirar o personagem de circulação, mas isso ai todo mundo sabe. Só frisei pra contextualizar mesmo. Fotos de Internet.
Quando a Marvel já estava em alta durante os anos 60 início de 70, dominando as vendas, alguém na DC teve a ideia de trazer o Capitão Marvel de volta do limbo editorial para ajudar fazer frente ao sucesso da Marvel. Então, o Mortal Mais Poderoso do Mundo foi renascido na casa que o tirou de circulação. Inicialmente a revista vendeu bem, mas depois começou a declinar. C. C. Beck insatisfeito com os rumos editorias abandonou o projeto ao qual ele foi convidado a fazer depois de alguns números.
A DC tentou reviver a antiga "rivalidade" existente entre os dois titãs pra ver se ajudava. A sessão de cartas do Capitão Marvel e Superman inundaram com a comparação dos personagens por parte dos fãs. Cada um dava sua opinião de quem era melhor. Infelizmente isso não ajudou muito.
Em Shazam! #14 de 1974 é exibido opiniões dos fãs sobre os dois titãs.
Em Shazam! #16 de 1975 novamente isso é explorado.
Em Superman #278 de 1974 esta rivalidade foi também explorada.
Enquanto o Superman já estava estabelecido e consolidado por décadas, o Capitão Marvel estava fora por muito tempo (20 anos!), seus fãs haviam crescido, e as HQs também tinham evoluído para algo mais sério. Com isso, aos poucos, a revista do Capitão Marvel na DC foi cancelada, e ele foi levado para World's Finest Comics e depois pra Adventure Comics. A base dos fãs era dividida, alguns queriam que o personagem permanece o mesmo assim como o tom de suas aventuras (leves e cômicas), enquanto outra parte queria o personagem atualizado para o contexto da época (mais adulto, realista). A própria revista Shazam! dos anos 70 mostra isso: o personagem se transformou pra ficar mais parecido com o do seriado de TV da mesma época que era sucesso.
Em Outubro de 1941 a Fawcett produziu uma de suas capas mais icônicas: Whiz Comics #22. Nesta capa o Capitão Marvel apoia-se no seu alter ego Billy Batson e ele faz o mesmo. Essa cena foi recriada e até homenageada algumas vezes. C. C. Beck recriou essa capa durante os anos 70 para venda. Fotos de Internet.
Capa da Whiz Comics #22 de 1941, arte de C.C. Beck.
Arte preliminar da capa da Whiz Comics # 22 de C. C. Beck de 1941.
Segundo Michael Uslan, Mac Raboy se inspirou na arte do C. C. Beck para a capa de Xmas Comics #1 de 1941.
Arte original de Bob Oksner do Limited Collectors' Edition C-27 de 1974.
Capa do Limited Collectors' Edtion C-27 de 1974.
Capitão Marvel de C. C. Beck, recriação de 1976.
Capitão Marvel de C. C. Beck, recriação de 1978.
Arte de Evan "Doc" Shaner de 2011.
Capitão Marvel e Billy Batson de Alex Ross de 2019.
Shazam, arte de InHyuk Lee de 2019.
Capitão Marvel por Ian Churchill e Norm Rapmund de 2023.
Prime Time: A Prime Collection de 1994 da Malibu. Arte de Alex Ross.