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sexta-feira, 8 de março de 2024

O Shazam! #1 cancelado e substituído da Ebal

 Em 1973 a Ebal (Editora Brasil América) havia conseguido a licença para publicar o título "Shazam!", logo depois que o personagem da Fawcett retornou aos quadrinhos pela DC Comics no final de 1972. A Ebal preparou uma edição caprichada para o lançamento "Shazam!" a cores, num local especial para convidados. Fotos de Internet e Hélio Guerra.

 Porém, a rival RGE (Rio Gráfica Editora) neste período era dono do título "Shazam!" (e tudo relacionado a Família Marvel como: Marvel Magazine, Capitão Marvel Magazine) o que fez a Ebal ter que mudar o nome da revista antes de ir as bancas. Assim a revista de "Shazam!" após ser impressa pela Ebal, ela teve que mudar o título para evitar problemas legais. Desse modo, a "Shazam!" nº 1 da Ebal teve duas versões, veja abaixo: 



Shazam! #1 nas duas versões: note que no círculo no canto superior esquerdo temos "Shazam!/Ebal" e "Super-heróis".

Na primeira versão não tem o código de registro, enquanto a que foi as bancas possui (bem abaixo do texto).

Na primeira página há outra diferença: no índice da primeira página vemos "Shazam!", enquanto na segunda vemos "Super-heróis - Shazam!". Com isso, entendemos que a capa e a primeira pagina (do caderno/miolo) foram retiradas para o lançamento oficial depois do cancelamento da primeira versão.

Na contra capa traseira existe uma diferença sutil: na primeira versão vemos duas estrelas rosas no texto ao centro, na segunda versão elas foram retiradas.

 E foi assim que "Shazam!" nº 1 da Ebal teve duas versões. A Ebal chegou a divulgar propaganda da revista com a capa cancelada em suas revistas, veja:
 
Em Superman (Especial Em Cores) nº 29 de Agosto de 1973, a Ebal fez propaganda da versão cancelada.

 A revista cancelada ainda vinha com um convite para a inauguração da mesma e podemos ver no encarte que "Shazam!" nº 1 teve apenas 300 cópias (essa tiragem é da revista cancelada apenas).

 
 
Convite que vinha na revista cancelada. As três últimas fotos são do grande colecionador Hélio Guerra, que gentilmente me permitiu usá-las (muito obrigado de coração Hélio!).

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Shazam! O Retorno em Fevereiro de 1973

 A Fawcett Comics encerrou o seu departamento de HQs em 1953, devido ao processo movido pela National (DC na época). Com isso, os heróis Fawcett ficaram no limbo. Fotos de Internet.

 Em 1967, a Marvel Comics registrou o trademark "Captain Marvel", porque a Fawcett havia abandonado o seu personagem. Então, em Dezembro de 1972, a DC licenciou parte dos super-heróis Fawcett e os relançou no mercado. A Fawcett aceitou o acordo com tanto que ganhasse algum dinheiro com seus personagens e a DC aceitou. A DC estava em baixa nesse período devido ao sucesso dos super-heróis Marvel que eram mais realistas e dominavam o mercado. O retorno do Capitão Marvel era uma tentativa da DC de combater a Marvel, já que o personagem era um sucesso na era de ouro chegando a bater o Superman nas vendas por alguns anos. Contudo, a DC não podia usar "Capitão Marvel" como título da revista porque isso agora pertencia a Marvel. Por isso, a DC usou a famosa frase de transformação do herói, "Shazam", como título. 

Capa de Shazam! #1 de 1973, ironicamente é o Superman que apresentou o Capitão Marvel ao público. A DC usou o nome original do personagem "Capitão Marvel" logo abaixo do título por 14 números, mas abandonou a ideia por ser ameaçada de processo pela Marvel (o famoso: "cease and desist order"), então, substituíram por "O Mortal Mais Poderoso do Mundo" a partir do número 15 em diante.

 Seu retorno foi muito comentado na mídia, e seu primeiro número vendeu bem, mas com o passar do tempo foi declinando. C. C. Beck, o artista original do personagem, havia sido contratado pela DC, mas por divergências criativas largou o projeto. O Capitão Marvel apesar de ser bem divulgado pela DC, pela mídia, tendo um seriado nos anos 70 e um desenho nos anos 80, ele não conseguiu agradar o público. Muito disso por conta da mudança do mercado de quadrinhos, que havia evoluído, tendo estórias mais realistas, mais adultas, assim o seu tom humorístico havia defasado. Pra completar, a Fawcett foi comprada pela CBS em 1977 (a mentira mais propagada na internet é que a Fawcett faliu por causa do processo da DC, porém, a verdade é que a empresa encerrou o departamento de quadrinhos em 1953, mas ela existiu ainda como editora por décadas).

 O Capitão Marvel original Fawcett nunca mais foi o mesmo desde então, na DC ele sempre é destoado, rebaixado e mal trabalhado (exceto na fase "The Power Of Shazam!" e "Power Of Hope"). Mas, apesar de tudo, devemos agradecer a DC por trazer esse fantástico personagem de volta do limbo!

 Para maiores informações sobre a tiragem de Shazam! #1 de 1973, leiam aqui: https://omortalmaispoderosodomundo.blogspot.com/2022/09/a-revista-shazam-n1-de-1973-teve.html.

terça-feira, 3 de outubro de 2023

A personalidade do Capitão Marvel na Fawcett e na DC

 Muitos leitores que estão acostumados com o Capitão Marvel clássico da Fawcett notam a mudança de personalidade do herói na DC. Durante o pré-crise (período do herói na DC: 1972-1985), o Capitão Marvel mantinha praticamente a mesma personalidade na Terra-S que ele tinha na Fawcett (período de 1940-1953), mas depois de crise, a DC mudou completamente o herói, deixando-o com a mentalidade infantil mesmo na forma heroica. Isso destoa o personagem.

 O Capitão Marvel da Fawcett mesmo tendo um tom cômico e sátira, ele mantinha a personalidade heroica, agia como adulto, mesmo Billy que era uma criança, ele também agia como um adulto, afinal ele era responsável, trabalhava. Esse era um dos motivos do sucesso do personagem: um herói que era criança que agia como adulto, responsabilidade, lembrando que na cultura americana da época os meninos eram ensinados a serem independentes desde de cedo e aprender amadurecer. Desse modo, o Capitão Marvel era um escapismo para esses leitores, pois representava aquilo que eles se identificavam. Billy era órfão, se virara para sobreviver, até que ganhou seus poderes, mas mesmo assim, graças a seu esforço, ele arrumou trabalho com o Sr. Morris Sterling e era responsável. Os meninos da época se identificam com o personagem, pois os anos 40 eram difíceis, mas tinham que ser responsáveis como Billy.

 Mas, vamos para o que interessa, a personalidade do Capitão Marvel original na Fawcett e DC em suas origens (1º aparição em cada fase).


Em Whiz Comics #2 de 1940 é apresentado Billy Batson vivendo na estação de Metrô e vendendo jornais para sobreviver. Quando ele é agraciado com os poderes divinos, o Capitão Marvel é cheio de respeito pelo mago Shazam, depois o menino conseguiu um emprego graças ao seu alter ego. As aventuras do herói levavam o Billy nas mais inusitadas situações onde ele as narrava nas noticias do rádio. A origem do Capitão Marvel foi produzida por Bill Parker & C. C. Beck. O mago era uma figura paterna para a Família Marvel.

 

Em Shazam! #1 de 1973, o Billy Batson quando estreou na DC, ele relembrou sua origem e novamente é mostrado o respeito que ele tinha pelo mago Shazam. A Terra-S era uma espécie de continuidade do universo Fawcett na DC. Essa aventura foi escrita por Denny O'Neil & C. C. Beck.


Em Secret Origins: Shazam! v3 #3 de 1986, houve uma série de recontar as origens dos principais super-heróis da DC e um deles foi do Capitão Marvel. Nessa nova origem mais moderna, Billy ainda mantinha sua própria mente quando transformado, algo diferente da Fawcett onde o Billy e o Capitão Marvel eram tratados como separados apesar de estarem no mesmo corpo, inclusive podiam conversar um com o outro. Esse retcon foi produzido por Roy Thomas. Esse Capitão Marvel ainda tinha algum respeito pelo mago Shazam, mas nesta versão começou a imaturidade e inexperiência do herói, algo que a DC seguiria pelos anos.



Em Shazam! The New Begining de 1986, Billy teve novamente sua origem recontada: nela ele ainda mantinha respeito pelo mago, mas sua imaturidade e inexperiência eram mais evidentes ainda. Esta versão também foi produzida por Roy Thomas (& Dann Thomas).



Na aclamada Graphic Novel The Power of Shazam! de 1994, o herói teve novamente sua origem recontada, nesta versão ele já não tinha tanto respeito pelo mago, chegando ser agressivo com ele e era bastante imaturo (isso porque ele ainda não conseguia controlar seus poderes). Mesmo Jerry Ordway tendo se inspirado nas origens clássicas da Fawcett para sua versão, aqui ele seguiu a versão de Roy Thomas.



Em Shazam! The Monster Society of Evil 2007, novamente é feito outra origem para o herói, nesta versão o Billy mostra respeito pelo mago tal como na Fawcett, mas também é um pouco imaturo. Essa origem foi produzida por Jeff Smith


Em Shazam! de 2013 (apresentado originalmente nas paginas da Justice League), Geoff Johns deu uma repaginada no herói, mudando bastante o visual e personalidade do heroica do Billy. O caráter de Billy é meio duvidoso, quase um delinquente, mas que aos poucos vai melhorando. Ele é bem imaturo e inexperiente com seus poderes.

 Como podemos perceber, o Capitão Marvel clássico foi cada vez mais sendo descaracterizado pelos retcons na DC, afastando-se de sua personalidade original Fawcett. A modernização do personagem é necessário para mantê-lo relevante, até porque o público muda com o passar das décadas assim como o teor das histórias (algo que é preciso fazer para os personagens antigos pra não ficar defasado). Mas, no caso do Capitão Marvel é sempre para o pior, sempre para infantiliza-lo. Todas as versões pós-crise da DC seguiu a versão de Roy Thomas. A DC tenta distanciar o Capitão Marvel do Superman, mas é algo que não precisa, afinal os dois se inspiraram (o Capitão Marvel surgiu muito por conta do Superman, é verdade inegável, mas o herói da Fawcett inspirou muito dos elementos embutidos nas aventuras do Homem de Aço), ambos podem brilhar nas mãos de bons roteiristas (ex: Alex Ross e Paul Dini fizeram um excelente trabalho com o Capitão Marvel).
 A Warner/DC produziu um documentário sobre a história do herói (que era intitulado "Shazam" na época) desde os tempos Fawcett até os dias atuais e sua comparação com o Superman:
 
Documentário produzido em 2020 sobre o Capitão Marvel/Shazam  pela Warner/DC. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

61º Quem fez primeiro: Superman ou Capitão Marvel? IMORTALIDADE

 Bom, esse post será um pouco complexo, porque não é tão simples de responder, porque o Superman depende da época e de vários fatores, mas ele tratara sobre a imortalidade de ambos heróis. Primeiro temos que entender que há três tipos de imortalidade: 1º) a literal/real onde o personagem não morre de forma alguma, não envelhece e/ou envelhece muito, mas muito lentamente, 2º) aquela que é tipo a do Senhor dos Anéis onde os Elfos são imortais, mas podem morrer em combate, se feridos mortalmente, porém podem viver eternamente se não se ferirem, e o 3º) tipo de imortalidade que é morte e ressurreição, onde o personagem morre, mas volta a vida no mesmo corpo ou noutro (isso se encontra em mitologias antigas assim como as outras duas versões) porque o universo precisa dele. A invulnerabilidade também pode estar relacionado a imortalidade de alguma forma (especificamente no caso do Capitão Marvel e Superman, que são indestrutíveis), porque alguém que não pode ser ferido, não pode morrer, embora pode ou não sofrer efeitos do tempo. Resumindo é muito amplo e complexo esse assunto. Fotos de Internet.

 O Capitão Marvel originalmente era chamado de "O Homem Mais Poderoso do Mundo", "O Homem Mais Poderoso do Universo" e finalmente "O Mortal Mais Poderoso do Mundo" na Fawcett. Mas, o que isso tem a ver? Bom, o Capitão Marvel tem esse apelido, mas por um bom motivo: Billy Batson é mortal enquanto o Capitão Marvel não pode morrer, os dois são a mesma pessoa, contudo há distinção entre eles.

Na Captain Marvel Adventures #23 de 1943 o herói se deixa ser torturado e um dos bandidos usou um detector de mentiras para saber se ele podia ser morto e o instrumento confirmou que ele não pode ser morto.

Na Whiz Comics #61 de 1945 o vendedor de seguros descobriu que o herói não pode ser morto.

Em Captain Marvel Adventures #136 de 1952 é dito explicitamente na narrativa que o herói não pode morrer porque ele é imune a todo tipo de dano físico e a morte.

Em World's Finest Comics #254 de 1978/9 é explicado que o Poder de Zeus concede imortalidade ao Capitão Marvel. Isso é questionado por Ebenezer Batson e o Capitão Marvel obviamente não revelou, embora seus pensamentos confirmaram que Billy é mortal, não ele. O interessante dessa aventura é que ela é da continuidade Fawcett na DC (Terra-S), portanto, uma continuidade dos anos 40.

Em DC Comics Presents Annual #3 de 1984, mais uma vez é mostrado que Zeus confere invulnerabilidade que impede o herói de morrer

Em Captain Marvel Adventures #148 de 1953 é narrado que nenhum poder no Universo pode causar dano no Mortal Mais Poderoso do Mundo. Porque ele era literalmente indestrutível. Nessa forma ele não pode morrer, mas o Billy Batson sim.

 Então, como vimos, o Billy podia ser morto, enquanto o Capitão Marvel não. Isso é mostrado explicitamente nas estórias do herói na Fawcett. Quando o poderoso herói da Fawcett foi licenciado pela DC isso é explicado de forma clara (no pré-crise), que não deixa duvidas sobre isso. Nesse período as estórias eram relatadas ao universo Fawcett, pois era da Terra-S. Na Fawcett, ainda, é narrado que o Capitão Marvel não podia envelhecer por causa da mágica do mago Shazam, isso se estende ao Billy Batson. Neste caso, o Billy não envelhecia e nem ficava mais novo por conta da mágica do mago, mas não é imortal porque ele não é invulnerável, apenas o Capitão Marvel (graças a Resistência de Atlas e o Poder de Zeus). Entende a diferença entre eles (falo do Billy e do Capitão Marvel)?

Na Whiz Comics #98 de 1948 é explicado que o Capitão Marvel não pode envelhecer ou rejuvenescer por causa da poderosa mágica do mago Shazam. Isso só confirma a imortalidade do personagem apesar do apelido "O Mortal Mais Poderoso do Mundo".

Em Whiz Comics #42 de 1943 o herói foi transportado mil anos no futuro e encontrou o seu outro eu desse tempo. O Capitão Marvel que foi ao futuro não sofreu a passagem de tempo, e seu eu futuro continuava do mesmo jeito, com as mesmas feições, apenas o uniforme havia mudado. O que mostra que ele era de certa forma imortal.

 Numa aventura solo do herói na sua própria revista, o Capitão Marvel foi dado como morto, foi levado ao necrotério e teve até velório, mas não foi uma morte real.

O Capitão Marvel teve uma estória onde ele "morreu" e teve até velório. O herói teve o espírito retirado do corpo por Draka.

Ele é dado como morto e esta notícia saiu até nos jornais. Mas, o Capitão Marvel sabia que não tinha morrido, contudo ninguém podia vê-lo ou ouvi-lo exceto Draka.

Então, o herói conseguiu fazer o Sr. Morris ler o encantamento que podia trazê-lo de volta ao seu corpo. No livro de feitiços é confirmado que o encantamento tirava o espírito do corpo dano a aparência de morte. Esta aventura aconteceu em Captain Marvel Adventures #88 de Setembro de 1948. Então, ficou claro que não era uma morte real.

 A imortalidade do Capitão Marvel na Fawcett era do primeiro tipo (explicado acima no começo do post), não podia morrer de jeito nenhum. Mas, era parcial, funciona apenas no herói transformado. Na DC atualmente, ele aparentemente não possui esse poder. Embora, o Adão Negro (transformado) é descrito como imortal num dos manuais da DC, o que confirmaria que o Shazam também deve ser, mas é incerto.

No The DC Comics Encyclopedia New Edition de 2021 Black Adam possui imortalidade, mas ela é do segundo tipo (pode morrer em combate ou se for revertido em Teth-Adam). Não é dito se o Billy possui imortalidade nessa enciclopédia, mas é muito provável, porque ambos possuem a mesma fonte de poder: o mago que lhes agraciou as dádivas.

 Mas, parece que houve alguma forma de retcon na DC, pois a explicação para a juventude do Billy e do Capitão Marvel (e todos amigos, a Família Silvana e membros da Família Marvel) na sua estreia em 1973 é explicado pelo Suspendium do Dr. Silvana, eles ficaram em animação suspensa por 20 anos por isso não envelheceram. Devo lembrar que o Capitão Marvel sofreu uma nerfada na estreia nos anos 70 também, pois a DC tentava deixar seus heróis mais parecidos com os da Marvel que reinava absoluta nas vendas, ou seja, mais "pé no chão", realistas.

Em Shazam! #1 de 1973 é explicado que os personagens ficaram em animação suspensa por 20 anos.
 
 A ideia de que eles (os personagens Fawcett na DC) passaram por uma mudança parece ser confirmado, porque o Capitão Marvel envelheceu numa estória da DC ainda licenciado da Fawcett/CBS onde ele enfrentou e derrotou deuses e demônios.

Em World's Finest Comics #254 o Capitão Marvel envelheceu rapidamente enfrentando a Velhice, contrastando o que era cânone na Fawcett (não envelhecer ou ficar mais jovem). Mas, ele logo voltou a seu estado normal após derrotar a Velhice.

Em The Power Of Shazam! Annual #1 de 1996 nos podemos ver o Capitão Marvel como guardião da Pedra da Eternidade bastante envelhecido.

Em The Power of Shazam! #1,000,000 de 1998 o Capitão Marvel ainda está vivo, mas bastante envelhecido no papel de mago e protetor da Pedra da Eternidade no século 853.

 Desse modo, fica claro que houve mudança no personagem (seus poderes), como acontece com outros com muitas décadas de existência. É algo comum até. A DC provavelmente optou pela ideia de "passar o manto", algo comum nos personagens da casa.
 Na DC, depois que os personagens Fawcett foram definitivamente comprados em 1991 e reformulados, o Capitão Marvel e/ou Billy Batson morreu cinco vezes: 1º) em Kingdom Come/Reino do Amanhã, embora de forma confusa, 2º) em Superman: Distant Fires/Superman A Última Chama onde ele perdeu os poderes durante uma crise global (ambos do selo Elseworlds que são realidades alternativas), 3º) em Batman - O Cavaleiro das Trevas 2/The Dark Knight Strikes Again onde o envelhecido Capitão Marvel morreu para salvar a população de Metropolis (Terra 31, fora do cânone), 4º) Injustice Ground Zero/Injustiça Marco Zero onde o Billy foi morto pelo Superman, e 5º) em DCeased Unkillables/DCesso Imortais #2 de 2020 (esses dois últimos também são realidades alternativas).

Em Kingdom Come #4 de 1996 o herói (ou o Billy?) morreu na detonação da bomba projetada para matar meta humanos. Esta cena da morte do herói é controversa: ele grita "Shazam" algumas vezes, o que deveria reverte-lo em Billy, depois transforma-lo de novo e reverte-lo novamente, mas isso não apareceu nas paginas. Ou talvez a intenção do Waid era dar a entender isso sem dar explicações, afinal relâmpagos aparecem na cena. O Capitão Marvel também era experiente com seus poderes nessa realidade. Mas, durante seu confronto contra o Kryptoniano, ele usou super velocidade para o raio acertar seu oponente, o que evidencia que ele não podia controlá-lo. Por isso, quando ele grita "Shazam" na bomba, ele deve ter agido em super velocidade até que o raio o acertou revertendo ele em Billy e ele morreu na explosão. Lembrando que a resistência de Atlas somado ao poder de Zeus deveria ter protegido o herói, o que reforça a ideia que ele morreu como Billy no momento em que gritava a palavra mágica. Mas, aqui é suposição minha.

Em Superman: Distant Fires de 1998 o Capitão Marvel perdeu os poderes durante o confronto com o Superman, morrendo no processo. Mas, essa aventura é de uma realidade alternativa.

Em The Dark Knight Strikes Again #1 de 2001 o herói apareceu já envelhecido. Dos três personagens em cena, apenas o Capitão Marvel está envelhecido enquanto Diana e Superman não (ou aparentam muito pouco). Dos três, o Capitão Marvel é o que tinha a imortalidade estabelecida a muito tempo, desde a Fawcett, mas morreu nesta realidade. Superman, depois, também foi relacionado a imortalidade e Diana também. Mas, devo lembrar que é uma realidade alternativa, e nos quadrinhos todo mundo morre e retorna. A aparência do Capitão Marvel aqui lembra a do tio Dudley.

 Ele morreu protegendo cidadãos no #3 de 2002 se destransformando, mas esse Capitão Marvel é muito diferente do original: ele e Billy eram dois seres distintos que trocavam de lugar nesta realidade e o Billy já havia morrido a muito tempo e ficando apenas o herói. Assim que reverteu, ele deixou de existir porque Billy já estava morto. Essa realidade se passa na Terra 31.

Em Injustice Ground Zero #20 de 2017 o Superman pegou repentinamente o Shazam depois de uma discussão e o matou. Nesta realidade muitas coisas são diferentes.

Em DCeased Unkillables #2 de 2020 o Billy Batson foi corrompido pela equação antivida e morreu junto com outras vítimas fuzilado.

 Como podemos notar, na maioria das vezes quem morreu na realidade foi o Billy Batson, apenas a morte do Kingdom Come é meio ambígua. Em Injustice é a única vez onde o herói transformado morreu de forma clara. Em The Dark Knight Strikes Again o herói morreu porque não tinha o Billy para trocar de lugar com ele, pois nesta realidade eles eram dois seres diferentes.
 Agora iremos tratar da aparente imortalidade do Superman, esse é mais complexo ainda. Personagens que são totalmente invulneráveis praticamente são imortais, principalmente os da Golden Age e Silver Age (Era de Ouro e Prata respectivamente). Como matar alguém que é indestrutível em todos os sentidos?
 O Superman, tal como o Capitão Marvel, dava indícios de imortalidade desde muito tempo, mas o Homem de Aço depende da época, da versão e/ou outro fator. Existem estórias onde ele morreu, outras que ele envelheceu, outras onde ele não morreu porque é imortal (confirmado de forma oficial) e outras com retcon (pra arrumar a estória ou cronologia ou outro fator). Veja abaixo alguns exemplos de morte do Superman:

Em Superman #149 de 1961 o Homem de Aço foi morto (pela 1º vez) por Luthor, mas essa era uma aventura fora da cronologia, do tipo "o que aconteceria", é uma estória imaginária segundo a própria narrativa. Esta aventura é da ERA DE PRATA.

Em Superman #188 de 1966, o Homem de Aço é morto temporariamente por Kryptonita. Na estória é confirmado que a Kryptonita verde pode matar um Kryptoniano. Esta aventura é da ERA DE PRATA.

Em Action Comics #366 de 1968 o Superman havia contraído o vírus-x e estava morrendo, mas ele foi salvo por Bizarros que jogaram Kryptonita Branca perto dele matando o vírus, curando o herói. Mas, o Homem de Aço também teve ajuda de alienígenas Flammbronianos. Esta aventura é da ERA DE PRATA.


Em Action Comics #387 de 1970 o herói foi pro futuro numa maquina defeituosa do tempo e ele sofreu os efeitos da passagem do tempo. Luthor conseguiu transferir sua alma para o drone assassino após a morte e passou a procurar seu inimigo pelos séculos e coletando essência maligna como combustível e, desse modo, ele quase matou o Homem de Aço, mas ele foi salvo pelo pelo Mestre Curandeiro. A narrativa afirmou que o Superman é imortal e aparentemente não podia morrer por causa de sua invulnerabilidade. Mas, nesta estória ele foi salvo e chegou bem perto de morrer. Essa aventura é da ERA DE BRONZE.

Em Justice League of America #145 de 1977 o Superman foi morto por magia e depois revivido. O Vingador Fantasma confirmou que o Homem de Aço (ele e o Gavião Negro) de fato estava morto. Esta aventura também é da ERA DE BRONZE.
 
Em Superman #75 de 1992 o herói morreu derrotando o Apocalypse. Depois, é revelado que sua essência ficou com o Erradicador e mais tarde ele retornou a vida. Obviamente o Superman não ficaria muito tempo "morto" afinal a saga de sua morte era pra alavancar vendas de suas revistas que estavam em queda (e funcionou muito bem).

Em The Kingdom #1 de 1999 Gog matou vários Supermen através do tempo. Gog havia recebido imenso poder e sabedoria da Quintessência que era formada por: Zeus, Ganthet, Pai Celestial, mago Shazam e Vingador Fantasma. Essa aventura é uma prequela de Kingdom Come. Esta aventura é de uma realidade alternativa.

Em Infinite Crisis #7 de 2006 o Superman da Terra 2 (o da Golden Age, portanto, o original de 1938) morreu enfrentando o Superboy Prime.

Em Superman #52 de 2016 o Homem de Aço morreu envenenado por Kryptonita. Depois, esse Superman N52 se fundiu com o Superman Pré-Flashpoint gerando o Superman Rebirth. Mas, essa é outro estória.

Em Batman - Last Knight On Earth #2 de 2019 o Homem de Aço morreu (o Shazam/Capitão Marvel também, mas ele não é mostrado como foi) depois de apostar um debate sobre o bem e mal que seria visto e votado pelo mundo todo, mas o Luthor tinha trapaceado. O povo decidiu que o Luthor estava certo e o Superman foi morto. Esta aventura é de um futuro pós apocalíptico. Selo Black Label.

Em DCeased #5 de 2019 o Homem de Aço conseguiu parar o Flash zumbi, mas acabou infectado pelo vírus corrompido da antivida, transformando-o num zumbi também. Mas, há uma reviravolta, porém essa é outra estória.

Em Wonder Woman: Dead Earth #3 de 2020 a Mulher Maravilha estava furiosa com o Superman por não tê-la ajudado a salvar o lar das Amazonas a tempo, em um frenesi ela acabou matando o Homem de Aço usando kryptonita. O Superman tentou conversar com ela em vão. Selo Black Label.

 O Superman (Kal-L) da Terra-2 e o Superman da realidade Kingdom Come possuem uma aparência envelhecida (este último vive muito, mas muito tempo), sinal que envelhecem mesmo que lentamente.

Em Crisis On Infinite Earths #2 de 1985 podemos ver o Superman Kal-L da Terra-2 envelhecido.

 Depois de Crise o Superman já demonstrava que tinha vida longa, uma aparente imortalidade.

Em DC One Million #1 de 1998 é revelado que o Superman está vivo no século 85.271.

Em DC One Million #4 de 1998 o Superman viveu por bilhões de anos no Sol. 


Em Justice Society of America #22 de 2009 é mostrado o Superman da Terra- 22 (Kingdom Come) vivo ainda depois de um milênio ter passado, mas bastante envelhecido.

 O Superman Estranho Visitante viveu bilhões e bilhões de anos e praticamente do mesmo jeito. Ele foi o último ser vivente.

Em Adventures of Superman #48 de 2014 o Superman ainda estava vivo a bilhões e bilhões de anos no futuro.

Em Action Comics #1000 de 2018 o Superman já tinha vivido acima de quatro bilhões de anos. O interessante desse desenho é que o rosto lembra muito Christopher Reeve (bom, pelo menos pra mim).

Em Immortal Wonder Woman #2 de 2021 o Superman se sacrificou para deter Darkseid. Os dois morreram na explosão do Sol. O Superman havia perdido antes sua forma Prime enfrentando os 7 Pecados Capitais e Ravena Crueldade. Esta versão é de Future State (Estado Futuro).

 Como podemos ver, o Superman é imortal, mas ele pode morrer também, dependendo da versão, por Kryptonita, magia, vírus-x ou em combate (claro que contra alguém de extremo poder ou força). Dos dois, o Capitão Marvel foi associado a imortalidade (via poder de Zeus ou invulnerabilidade ou magia de Shazam) primeiro que o Superman.
 O Capitão Marvel da Fawcett era imortal, indestrutível e invulnerável em todos os sentidos, na DC seus poderes são bem limitados. Isso porque o herói era o protagonista na Fawcett e seu personagem principal, na DC ele é quase sempre coadjuvante e muitas vezes fica na sombra do Superman.

Placar atual de Capitão Marvel vs Superman

 É, aqui no blog eu mostrei todas as lutas/embates entre o Capitão Marvel e Superman desde o pré-crise até a atualidade. Fotos de Internet. ...